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A mãe não dorme

Coisas...da vida.

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A mãe não dorme

13
Mar21

Devemos ceder ao cansaço, contratados?


Vera

fight-for-your-rights-solidarity-revolution-vector

 

Sou contratada. Pelo menos 800 e tal seguidores da página A mãe não dorme já perceberam isso. Contratada há 15 anos, quase 16. Mas não interessa nada. Falo do cansaço generalizado de uma classe docente. Estão cansados de levar bofetadas ano após ano, mas não reagem. Falo de comodismo. É uma classe docente que é usurpada ano após ano, mas tem o seu salário mensal (alguns), que vai dando para o gasto e, como tal, não reage. Falo da inércia de uma classe docente que lê avidamente 1001 comentários sobre todas as ofensas que nos fazem, mas que assiste impavidamente como quem assiste a uma novela e ainda diz mal das personagens, no fim. Reage, mas no sofá. 

Falo de discórdia. É uma classe docente que exige atenção e concentração aos alunos, mas não presta atenção ao que a rodeia e não se concentra no essencial: quais são os nossos verdadeiros direitos? Se os soubermos identificar (e sabemos), então lutemos por eles! Não é regatear o preço do nosso trabalho! É exigirmos o preço certo! 

Às vezes dou comigo a pensar que devo ser de outro planeta...porquê dar-me ao trabalho de escrever coisas reacionárias, se não me levam a lado nenhum e ninguém as lê? Podia estar a ler um livro ou até mesmo dormir (coisa que faço muito pouco), mas não...devo ser tola. Mas depois penso naquela célebre frase "se conseguires chegar a 2 ou 3 alunos verdadeiramente, já não é mau". Então, se houver 2 ou 3 pessoas que leiam o que escrevo e que se decidam levantar e falar pela maioria dos desgraçados dos contratados, já valeu a pena. Podes começar por ti, dirão. Sim, mas não passo de uma Zé Ninguém. É preciso concentrar-nos todos no mesmo propósito e haver um núcleo duro de 4 ou 5 pessoas que ponha o barco a funcionar e o faça arrancar. 

Sou utópica e reacionária. Sou. Não gosto, nem aceito injustiças. Tomara que muitos mais fossem assim. Tomara que os sindicatos olhassem verdadeiramente para os contratados. Tomara que fôssemos valentes e não esperássemos por sindicato nenhum para nos fazerem ouvir a nossa voz. 

O professor teve sempre 2 ferramentas de trabalho: o giz para escrever e a VOZ para se fazer ouvir.

 

Imagem retirada do google.

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